me editar
nas águas que me atravessam
escrevivência preta cênica
me editar Nas águas que me atravessam
Atuação:
Cláudia Simone Santos Oliveira
Direção artística e composição sonora:
Bárbara Santos
É um espetáculo com concepção e atuação de Cláudia Simone, com argumentação de Ângela Maria , problematiza o racismo como fonte de loucura e de restrição de uma identidade negra positiva em uma sociedade onde negros e, especialmente, mulheres negras ainda são obrigadas a se negarem para serem socialmente “aceitas”.
Com roteiro original e músicas inéditas da atriz Cláudia Simone e Direção Artística de Bárbara Santos a encenação quer provocar uma reflexão estética e alertar sobre os riscos enfrentados pelas mulheres negras enquanto existência concreta e subjetividade, a peça revela a via crucis que enfrentam em busca da sobrevivência e demonstra a urgência da construção de uma sociedade livre de racismo. Tendo no Teatro um lugar de acalanto, de cuidado e autocuidado, acessando o palco como escrita dos silêncios para além das dores.
Plasticidade:
A estrutura de um corpo sem carne, sem pele e sem subjetividade, composto por objetos que são, ao mesmo tempo, ferramentas de trabalho e peças de tortura, é o centro da cena e da vida desses múltiplas Marias. A cozinha na penumbra é o fundo da cena. A sonoridade da cozinha, acompanhada de odores, desperta a memória afetiva de quem assiste ao espetáculo e pode reconhecer as histórias atravessadas por temperos e rituais domésticos.
As Marias se vestem em papel de pipa, restos de tecidos e de medicamentos fora de validade. Uma referência à precariedade e também à criatividade que berça o povo negro brasileiro.
Ficha Técnica:
Atuação: Cláudia Simone Santos Oliveira
Direção artística e composição sonora: Bárbara Santos
Argumento: Ângela Maria e Claudia Simone
Roteiro original, músicas inéditas, vestuário: Cláudia Simone
Texto: Bárbara Santos e Cláudia Simone
Sonoridade em cena: Maiara Carvalho
Imagem do espetáculo: Cachalote Mattos
Preparação corporal: Flávia Souza
Logo: Rafael Cristiano
Escrevivência Preta Cênica é narrar-se em cena, corporalmente, sem sair de si, colhendo vidas – personagens, histórias do entorno.
espetáculo me editar
produzido pela instituição sociocultural cinema nosso
RODA DE CONVERSA
Edmeire Oliveira Exaltação
Atualmente é Coordenadora do Centro de Documentação e Informação Coisa de Mulher / Casa das Pretas.
Simone Ricco
Mestre em Letras – Área Literaturas Africanas de Língua Portuguesa/Uff – e professora da SME/RJ.